Continuação 02

Lágrimas invisíveis de dor
Cortam meu semblante mórbido
Banhando minha alma
Em chuva de incertezas

Hoje mais que nunca essas palavras fazem juízo ao meus sentimentos.

Quando será que isso vai acabar, quando será que vou parar de me perturbar com isso?Eu não tenho ideia.
Mas sei que terá um fim, assim como teve começo...porém espero não me tornar um ser vazio, pois isso sim me traria sofrimento.

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Tenho passado bons momentos, aprendido coisas interessantes e recebido elogios...
Passei algumas horas desligada do resto do mundo, foi simples e maravilhoso. Embora tenha percebido mais um defeito meu...vi como pareço criança em relação às descobertas óbvias, que de tão simples se tornam bobas mas que ao mesmo tempo se tornam, tão curiosas e proporcionam tanto prazer...como por exemplo, que a água não tem gosto...ou que as nuvens se movimentam com o
vento...É simplesmente, mágico.

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Minha AMIGA*

Poucas são as pessoas que merecem a nossa admiração, a maioria delas são de tempos passados e que nós só ouvimos falar de seus feitos, dos seus costumes, até mesmo do seu jeito de pensar. Pelo menos comigo é assim...
Porém tenho a sorte de ter conhecido pessoas adoráveis. Tive sorte por tê-las conhecido quando ainda estavam em formação.
É; formamos conceitos juntos, isso é o mais certo a se dizer, muitos desses conceitos se perderam, mas foram base para os atuais e para os que ainda irão se formar.

*A página está com riscada com a palava ILUSÕES em vermelho. E eu não me lembro a quem me refiro com AMIGA, dentre duas ou três pessoas próximas à época.

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Sinto tua falta, me encontro em demasiada angústia, que se torna convulsiva.
Amo-te de forma desesperada, eu necessito de você, desejo-te, muito, muito mais do que felizmente posso ter. Sinto-te tão perto e tão distante, sinto não poder me levantar a noite e bater em tua porta, pedir colo, pedir amparo, pedir proteção...sinto não poder abraçar-te quando me sinto solitária, sinto não estar contigo nos teus momentos de solidão...
Sinto muito mais não estar dizendo isso pessoalmente diante dos teus grandes olhos claros...nos quais adoro me afogar.

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Quando criança, me sentia sozinha porém em parte alegre por estar solitária. Aprendi a lidar com certa dificuldade a lidar com a minha solidão. Nunca senti falta de outras crianças, pois para mim ela não poderiam me oferecer nada além de contrariedade. Creio que por isso, me fazia submissa à elas, para não me aborrecerem, nem magoar ninguém e deu certo por anos à fio...estranho eu estar me lembrando disto agora, mas isto deve explicar algumas atitudes minhas.
Os anos em que tive uma leve insônia, creio que um pouco mais de dois anos, entre os oito e dez anos, não dormia pois estava sozinha e tinha medo de coisas que geralmente as crianças tem, principalmente do escuro. Não conseguia nem me deitar no escuro, dormia com uma luz acesa.
Após minha mãe sair para trabalhar, ficava eu à noite assistindo filmes, séries e programas, creio que isso me deixou bem mais esperta. Adormecia às cinco da manhã, depois que o sol nascia e acordava às nove, e o dia vinha e ia do mesmo jeito.

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Sons, dos mais diversos, ouço, sons comparáveis à música, que deixam meus ouvidos confusos, que me deixam aturdida.
Costumo dizer que nasci na época errada. Pois é assim que me sinto. Quando me transporto para as reuniões calorosas entre amigos dos romances de Machado, me sinto confortável. Longos vestidos, adornados com bordados e rendas, cavalheiros e damas...ou em Goethe, para as florestas com altos carvalhos e belas flores onde a brisa é fresca e há tempestades medonhas. OU mesmo para a mitologia de Sófocles, onde há belos jardins frequentados pelos deuses, onde a morte se torna vida.
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